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CARACTERÍSTICAS GERAIS Nome científico: Calophyllum brasiliensis - ("flor bonita") Características morfológicas - Altura de 20-40 m, com tronco de 40-80 cm de diâmetro. Folhas glabras, coriáceas, de 10-13 cm de comprimento por 5-6 cm de largura. OCORRÊNCIA A espécie é popularmente conhecida como guanandi, palavra proveniente do tupi guarani “ Gwanã’di “ que significa 'o que é grudento'. É provável que o nome venha também do látex pegajoso de coloração amarelo-esverdeada eliminado pela casca, e porque os frutos possuem uma polpa branca viscosa. Tem diversos apelidos no Brasil, os mineiros e baianos, por exemplo, a chamam de landim. No Amazonas é chamada de jacareúba e, no Paraná, de cedro-d'água, conhecida na América Central como Bella Maria, Santa Maria, Aceite Mario e nas Guianas de Kurahara. MADEIRA Moderadamente pesada (densidade 0,62 g/cm³) fácil de trabalhar, durável quando exposta, com alburno bastante espesso. O governo imperial reservou para o Estado o monopólio de exploração desta madeira em 1810 para uso exclusivo na confecção de mastros vergas dos navios da Coroa, sendo a primeira madeira de lei do pais ( lei de 07 de janeiro de 1835 ). UTILIDADE A madeira é própria para confecção de canoas, vigas, para construção civil, obras internas, assoalhos, marcenaria e carpintaria (moveis finos), lambris e laminados; A árvore é bastante ornamental podendo ser empregada no paisagismo em geral. Os frutos são consumidos por várias espécie da fauna, sendo portanto útil no reflorestamento misto de áreas ciliares degradadas. INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS Planta perenifólia, heliófita ou luz difusa, característica e exclusiva das florestas pluviais localizadas sobre solos úmidos e brejosos. É encontrada tanto na floresta primária densa como em vários estágios de sucessão, como capoeiras e capoeirões. Sua dispersão é ampla, porém descontínua; ocorre geralmente em grandes agrupamentos, que por vezes chega a formar populações puras. É capaz de crescer virtualmente dentro da água e até em áreas de mangue. Preço - Madeiras de lei no mercado mundial tem demanda crescente e oferta declinante. O Guanandi é uma madeira em extinção que não é ofertada no mercado brasileiro porque não existe. Se existisse seu preço seria similar ao do Mogno. As estimativas de preço são de R$ 2,5 mil o m³. Classificação - A planta pertence à família ou Guttiferae (clusiaceae), que possui mais de 150 espécies, entre elas a malva-do-campo. O gênero Calophyllum significa 'flor bonita'. Distribuição - O guanandi ocorre desde o México até o Paraguai. No Brasil, o guanandi pode ser visto do Amazonas ao Rio Grande do Sul. Características: De copa larga e arredondada, com folhagem verde-escura, o guanandi pode chegar a 40 metros de altura e mais de 80 centímetros de diâmetro. O tronco reto e cilíndrico é protegido por uma casca marrom-acinzentado, com manchas claras. As flores brancas costumam aparecer entre janeiro e fevereiro. A maturação dos frutos se faz de maio a setembro. A semente (uma única em forma de castanha) tem cor esverdeada e mede em média até 18 milímetros de diâmetro. Subprodutos - A partir do 4º ano o produtor já pode obter renda com os subprodutos. As árvores iniciam sua produção de sementes ao 4º ano, podendo assim ser utilizados para venda (sementes e mudas) como também para expandir o seu plantio. As folhas e ramos oriundos da desbrota e desbastes poderão ser vendidos para industrias de farmacoterapicos. Cientistas da Universidade Federal do Mato Grosso confirmam as propriedades medicinais do guanandi para doença como diabetes. Serve também como antiinflamatório, cicatrizante, e possui ação antimicrobiana. As plantas dos desbastes do 5º ano e do 10º ano poderão ser aproveitado comercialmente. Os espaços que vão surgindo com o desbaste poderão ser aproveitados com pastagens ou culturas que aceitam sombras (café , cacau , palmito e outros). Valorização da terra - Uma terra plantada com madeira nobre tem seu valor comercial elevado muitas vezes. Tanto maior quanto mais anos forem se passando. Custo de implantação aproximado - Cada hectare (10.000 m2) tem custo aproximado de R$ 3.500,00, incluindo sementes, substrato, saquinhos e mão de obra. Espaçamento - O ideal seria em torno de 3 x 2 metros (1.000 a 1.500 mudas/ha). Assim, após o plantio, praticamente o único serviço será controlar o mato nas entrelinhas e uma vez por ano fazer a desbrota (eliminação dos raminhos ou brotos que saem no tronco e que iriam formar galhos que roubariam energia da planta atrasando o crescimento da planta em altura). A incidência do sol nas entrelinhas e no tronco estimulam o crescimento do mato e a brotação dos ramos no tronco. Quanto mais cedo a plantação “fechar” (encontro das copas das arvores), não entra mais sol e portanto não nasce mais mato nem brotação de ramos nos troncos. Aí é só esperar o tempo do corte. Solos - O guanandi ocorre naturalmente em solos aluviais com drenagem deficiente, em locais úmidos periodicamente inundáveis e brejosos com textura arenosa a franca, e ácidos. Sua ocorrência na Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica) restringe-se, principalmente, às superfícies pleistocênicas e holocênicas onde predominam os solos de baixa fertilidade natural. Contudo, em solos com propriedades físicas adequadas, como de fertilidade química alta a média, bem drenados, de textura que varia de fraca a argilosa, a espécie tem apresentado crescimento satisfatório, não apresentando limitação quanto à drenagem.
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